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O projeto de recuperação das fachadas do prédio do Hotel Obino de Bagé, teve como objetivo solucionar alguns problemas recorrentes que há tempos necessitavam de uma solução definitiva. Um dos problemas mais sérios correspondia ao desempenho acústico e vedação das esquadrias de madeira, que já haviam se tornado obsoletas, necessitando manutenção frequente.
Além desses fatores que já apontavam para a provável troca do sistema das esquadrias, outro problema bastante sério contribuía para a degradação das mesmas – o antigo sistema de venezianas corrediças sobre trilhos, permitia um afastamento suficiente para que uma grande quantidade de pombos utilizassem esses vãos como ninho, provocando o acúmulo de dejetos e dificultando a manutenção da higiene nesses locais.
O último pavimento também apresentava vários pontos de infiltração, necessitando da revisão do telhado e de impermeabilizações.
A troca do sistema de climatização das unidades habitacionais e área administrativa, do antigo ar condicionado de parede para os atuais aparelhos SPLIT com unidades internas e externas, assim como as relocações internas de tubulações para passagem de cabeamentos de lógica, TV a cabo, entre outros, foram necessárias para adequar as instalações internas do hotel, e remover a grande quantidade de descidas de cabos externos na fachada, em função da falta de previsão na época de construção do edifício, que data da década de 1970.
Para solucionar todas essas questões sem interferir no funcionamento do hotel e comodidade dos hóspedes, o planejamento e a execução da obra conforme cronograma estabelecido, foram fundamentais para o sucesso dessa obra.
Após a revisão do telhado, passou-se para as adequações internas de todas as tubulações e novas instalações para o sistema de climatização, bem como a retirada das antigas esquadrias de madeira e adequação dos gabaritos para a instalação das atuais esquadrias de PVC.
À medida em que as colunas de apartamentos eram concluídas, iniciava-se o trabalho externo nas fachadas, com a retirada das pastilhas e tratamento de fissuras, seguido pela pintura e instalação das novas pastilhas cerâmicas. Estas foram especificadas em cor marrom, em referência a tonalidade das antigas esquadrias de madeira que foram substituídas pelo PVC branco, mantendo assim as suas cores originais, respeitando seu entorno, seu contexto histórico, ao mesmo tempo em que foi totalmente recuperado.